2º Dia: E quando cometemos um erro?

Hoje acordei completamente conformada de que na minha boca não entraria comida. Não me custou ver as pessoas à minha volta com bolos na mão. Não me custou porque para mim comer aquilo era simplesmente impensável. Tudo correu bem, o almoço correu bem. O pior foi durante a tarde. Tinha fome, claro, mas não ia comer. A certa altura umas amigas minhas lembraram-se de ir comer crepes e fizeram-me comer um. Eu podia ter insistido que não queria, mas foi mesmo impossível. Já não tinha aquela sensação à bastante tempo, e não estou a falar da óptima sensação de comer um crepe cheio de chocolate e chantili, estou sim a falar da sensação de peso enorme na consciência. E da sensação horrível de me sentir super cheia, de me sentir uma autentica balofa. Fiquei a sentir-me assim durante cinco horas seguidas. Contudo lembrei-me de algo que veio aliviar o meu peso. Lembrei-me que de vez em quando temos de cometer um erro assim, para enganar o metabolismo. eu não posso comer sempre a mesma coisa todos os dias. Não posso não comer todos os dias. E não posso de certeza comer muito todos os dias. Tenho de alternar, e hoje foi o dia da tentação, que não se repetirá tão cedo. Além disso, quando cheguei a casa enfiei-me na passadeira e corri, corri até não restar qualquer sensação de preenchimento no meu estomago. Quando parei, os meus pais já tinham ido dormir, logo consegui escapar do jantar.

Outra coisa que me fez compensar-me foi decidir não sair hoje à noite. Quando saio é inevitável beber, e quando bebo é inevitável comer, por isso a minha consciência neste momento está muito mais leve e eu sinto-me muito melhor comigo mesma.

Amanhã será outro dia, começará tudo de novo, como uma nova chance de fazer as coisas da forma mais correcta. E como é fim-de-semana vou ter de cozinhar por isso vou fazer uma pesquisa sobre comida saudável. Se vou ter de comer, ao menos que não coma porcaria.

"Não penses "se ao menos não tivesse comigo" e concetra-te sempre na próxima vez": é um lema a seguir.

Força*